A África do Sul vai ter que me perdoar, mas ela acabou sendo só um aperitivo perto do banquete que tivemos nos safáris da Tanzânia. Chegamos à Tanzânia na melhor época possível, momento em que muitos animais estão fazendo a migração para o Quênia, o que significa milhares e milhares de animais caminhando na mesma direção.
Passamos 5 dias no interior da Tanzânia passando pelos principais parques nacionais do país para fazer safari: Tarangire, Serengeti e Ngorongoro. Foram 5 dias espetaculares, de dias lindos e muitos animais. Vimos uma família de mais de 50 elefantes passando a menos de 5 metros de nosso carro, foi incrível. Um elefantinho até segurou no rabo da mãe para não se perder. Também presenciamos uma cena familiar de cinco leoas com seus respectivos filhotes sonolentos depois de mamarem, vcs tem noção do que é ver isso com os próprios olhos? Isso sem falar nos macacos, milhares de zebras, gnus, pássaros, leopardos, girafas simpáticas e muitos outros. Seria um pecado deixar de falar de uma árvore típica do Tarangire, o Baobab, uma árvore imensa que vive até 800 anos e pode ter o diâmetro de mais de 20 metros. Se eu conhecesse os Baobabs antes de viajar teria tatuado um desses nas minhas costas, eles são um espetáculo a parte da natureza. Fica tudo guardadinho na memória e em mais de 3.000 fotos.
Pra fechar a safra de safáris com chave de ouro, ainda fizemos um Baloon Safari, isso mesmo, um safári de balão durante o amanhecer, um show da vida animal! Ver tudo de outro ângulo deixa a experiência ainda mais fascinante! De brinde ainda presenciamos um nascer do sol que jamais vi igual, a foto mostra um pouquinho do que foi aquilo, sem palavras.
Numas das tardes, ainda passamos pelo sítio arqueológico chamado de garganta de Oldupai, mais conhecido como garganta de Olduvai por algum erro cometido no passado que se manteve nos registros oficiais. Me senti uma ignorante quando soube a importância deste lugar para a história da humanidade. Oldupai é o maior sítio arqueológico do mundo onde foram encontrados fósseis de todos os antecedentes do homem. Ali foram encontrados fósseis do Australopitecus, o antecedente mais antigo do homem com idade de mais de 2 milhões de anos. Em Oldupai também foram encontrados fósseis de Homo Habilis, Homo Erectus e Homo Sapiens, é o único sítio do mundo em que é possível enxergar a full picture da história da humanidade, todas as eras geológicas, todos os antepassados já existentes em um só lugar. Costuma-se dizer que Oldupai é uma janela da história por ter uma riqueza tão grande de fósseis, ossos e pegadas, não só de antepassados do homem como também de animais que já não existem mais. Uma aula de história incrível, ao vivo e a cores, direto da garganta de Oldupai, o verdadeiro berço da humanidade.
Para finalizar este post, eu ainda preciso falar um pouquinho sobre os Masais, uma das principais tribos que habitam a Tanzânia e o Quênia. Por que falar especificamente sobre os Masais se na Tanzânia habitam mais de 120 tribos? Porque os Masais têm um passado milenar de migração do rio Nilo até a região do Quênia e também porque eles ainda possuem costumes que para nós, ocidentais, soam no mínimo diferentes. Os masais são um povo alto, magro e negro, que vivem em lugares mais isolados. Jamais tem carros ou veículos automotores, no máximo uma bike velha, mas o costume deles mesmo é andar, andar e andar milhares de quilômetros a fio. Vivem em casinhas feitas de barro ou coco de vaca, não tem luz nem água encanada. Se vestem tipicamente com panos coloridos que os distinguem por cor, as mulheres que vestem azul são casadas, as que usam o vermelho são solteiras. Usam muitos colares e têm buracos enormes nas orelhas. A cultura masai é muito machista, na minha humilde opinião, é claro. Na comunidade, só as mulheres trabalham de verdade, puxam peso, a função do homem é simplesmente fazer filhos e torrar a grana que as mulheres ganham durante o dia. Além disso, os masais podem ter quantas mulheres quiserem, aliás, quantas mulheres puderem comprar. Uma mulher é sinônimo de 10 vacas, somente isso. A riqueza de um masai é contada através da quantidade de mulheres e vacas que ele tem. Será que é uma cultura machista? Quando uma mulher engravida, todos torcem que seja mulher para aumentar a riqueza do pai da família, pode?
Independente disso, é incrível perceber que em pleno século 21 ainda existem tribos que vivem como viviam a milhares de anos, mantendo a cultura e os costumes. Tivemos a oportunidade de entrar em uma comunidade masai e conviver um pouquinho com eles. Entramos dentro de uma casa minúscula onde viviam 5 pessoas, um cheiro absurdo de coco de vaca, muitas moscas, fumaça, escuridão e uma claustrofobia imensa. Ainda conhecemos a escolinha das crianças, onde elas deram um show de be-a-bá e 1-2-3 em inglês. Foi no mínimo emocionante viver essa experiência.
Em menos de um mês de viagem passei apenas por 2 países e já vivi situações inacreditáveis, surreais e acima de tudo, transformadoras. A Miri que saiu do Brasil já não é a mesma, passar por tudo isso aqui está sendo uma oportunidade única e maravilhosa. Espero que as histórias e fotos que tenho postado no meu blog transmitam um pouquinho do que é esse sabático incrível que estou vivendo.
Próxima parada: Zanzibar, a Spice Island!
Em breve, aqui.
Passamos 5 dias no interior da Tanzânia passando pelos principais parques nacionais do país para fazer safari: Tarangire, Serengeti e Ngorongoro. Foram 5 dias espetaculares, de dias lindos e muitos animais. Vimos uma família de mais de 50 elefantes passando a menos de 5 metros de nosso carro, foi incrível. Um elefantinho até segurou no rabo da mãe para não se perder. Também presenciamos uma cena familiar de cinco leoas com seus respectivos filhotes sonolentos depois de mamarem, vcs tem noção do que é ver isso com os próprios olhos? Isso sem falar nos macacos, milhares de zebras, gnus, pássaros, leopardos, girafas simpáticas e muitos outros. Seria um pecado deixar de falar de uma árvore típica do Tarangire, o Baobab, uma árvore imensa que vive até 800 anos e pode ter o diâmetro de mais de 20 metros. Se eu conhecesse os Baobabs antes de viajar teria tatuado um desses nas minhas costas, eles são um espetáculo a parte da natureza. Fica tudo guardadinho na memória e em mais de 3.000 fotos.
Pra fechar a safra de safáris com chave de ouro, ainda fizemos um Baloon Safari, isso mesmo, um safári de balão durante o amanhecer, um show da vida animal! Ver tudo de outro ângulo deixa a experiência ainda mais fascinante! De brinde ainda presenciamos um nascer do sol que jamais vi igual, a foto mostra um pouquinho do que foi aquilo, sem palavras.
Numas das tardes, ainda passamos pelo sítio arqueológico chamado de garganta de Oldupai, mais conhecido como garganta de Olduvai por algum erro cometido no passado que se manteve nos registros oficiais. Me senti uma ignorante quando soube a importância deste lugar para a história da humanidade. Oldupai é o maior sítio arqueológico do mundo onde foram encontrados fósseis de todos os antecedentes do homem. Ali foram encontrados fósseis do Australopitecus, o antecedente mais antigo do homem com idade de mais de 2 milhões de anos. Em Oldupai também foram encontrados fósseis de Homo Habilis, Homo Erectus e Homo Sapiens, é o único sítio do mundo em que é possível enxergar a full picture da história da humanidade, todas as eras geológicas, todos os antepassados já existentes em um só lugar. Costuma-se dizer que Oldupai é uma janela da história por ter uma riqueza tão grande de fósseis, ossos e pegadas, não só de antepassados do homem como também de animais que já não existem mais. Uma aula de história incrível, ao vivo e a cores, direto da garganta de Oldupai, o verdadeiro berço da humanidade.
Para finalizar este post, eu ainda preciso falar um pouquinho sobre os Masais, uma das principais tribos que habitam a Tanzânia e o Quênia. Por que falar especificamente sobre os Masais se na Tanzânia habitam mais de 120 tribos? Porque os Masais têm um passado milenar de migração do rio Nilo até a região do Quênia e também porque eles ainda possuem costumes que para nós, ocidentais, soam no mínimo diferentes. Os masais são um povo alto, magro e negro, que vivem em lugares mais isolados. Jamais tem carros ou veículos automotores, no máximo uma bike velha, mas o costume deles mesmo é andar, andar e andar milhares de quilômetros a fio. Vivem em casinhas feitas de barro ou coco de vaca, não tem luz nem água encanada. Se vestem tipicamente com panos coloridos que os distinguem por cor, as mulheres que vestem azul são casadas, as que usam o vermelho são solteiras. Usam muitos colares e têm buracos enormes nas orelhas. A cultura masai é muito machista, na minha humilde opinião, é claro. Na comunidade, só as mulheres trabalham de verdade, puxam peso, a função do homem é simplesmente fazer filhos e torrar a grana que as mulheres ganham durante o dia. Além disso, os masais podem ter quantas mulheres quiserem, aliás, quantas mulheres puderem comprar. Uma mulher é sinônimo de 10 vacas, somente isso. A riqueza de um masai é contada através da quantidade de mulheres e vacas que ele tem. Será que é uma cultura machista? Quando uma mulher engravida, todos torcem que seja mulher para aumentar a riqueza do pai da família, pode?
Independente disso, é incrível perceber que em pleno século 21 ainda existem tribos que vivem como viviam a milhares de anos, mantendo a cultura e os costumes. Tivemos a oportunidade de entrar em uma comunidade masai e conviver um pouquinho com eles. Entramos dentro de uma casa minúscula onde viviam 5 pessoas, um cheiro absurdo de coco de vaca, muitas moscas, fumaça, escuridão e uma claustrofobia imensa. Ainda conhecemos a escolinha das crianças, onde elas deram um show de be-a-bá e 1-2-3 em inglês. Foi no mínimo emocionante viver essa experiência.
Em menos de um mês de viagem passei apenas por 2 países e já vivi situações inacreditáveis, surreais e acima de tudo, transformadoras. A Miri que saiu do Brasil já não é a mesma, passar por tudo isso aqui está sendo uma oportunidade única e maravilhosa. Espero que as histórias e fotos que tenho postado no meu blog transmitam um pouquinho do que é esse sabático incrível que estou vivendo.
Próxima parada: Zanzibar, a Spice Island!
Em breve, aqui.