Alemanha: Rothenburg ob der Tauber
A Alemanha foi o último destino com direito a regalias e muito conforto nessa trip. Eu e a sister ficamos na casa de nossos tios – Maria & Heini – em Rastatt, uma cidadezinha fofa a 18km da divisa com a França. Depois de um roteiro cansativo pela Europa, aqui pudemos relaxar um pouquinho, passear de bicicleta até a França, comer feijoada brasileira e até brincar de colher ameixas. Explico: chegamos em plena estação da colheita de maças, ameixas, peras... a cidade de Rastatt está cheia de plantações dessas frutas, uma coisa linda de se ver, cheirar e comer. Passamos uma tarde inteira colhendo e comendo ameixas do pé. Tempos agradabilíssimos passamos em Rastatt.
Rothenburg ob der Tauber é outra cidade que vai ficar no currículo da volta ao mundo: uma cidade medieval charmosérrima da Alemanha que foi erguida no século XII, tudo super bem conservado, parece que a gente volta no tempo quando passeia por lá. A muralha que antigamente protegia a cidade, atualmente dá personalidade ao vilarejo. É possível caminhar pela muralha por mais de 5 km - nada se comparada à muralha da China que verei em breve! Rothenburg teve um charme ainda mais especial porque encontrei com Lari Diniz, antiga chefe na Kraft, atual amiga querida. Lá, numa cidadezinha minúscula há milhares de quilômetros de casa, nos encontramos numa taberna alemã. Desfrutamos de um jantar delicioso recheado de muitas conversas e atualizações de todos os lados. Foi bom demais passar essas horas na companhia de Lari e Rogério.
Frankfurt foi outra cidade que tivemos o prazer de conhecer. Totalmente diferente de Rastatt e Rothenburg, uma cidade grande, moderna e limpa acima de tudo. Frankfurt me lembrou muito Curitiba... acho que se essas duas cidades fossem pessoas, elas seriam amigas íntimas já que têm personalidades muito similares.
Ainda enquanto estávamos na Alemanha, surgiu a oportunidade de irmos para Praga com um amigo – o Bosca – que já tinha se programado para ir pra lá e nos convidou para ir junto. É claro que não poderíamos negar esse convite, pegamos um trem e fomos parar na capital da República Tcheca. Passamos um final de semana em Praga delicioso... boa paisagem, boa comida, boa bebida e acima de tudo, boa companhia. Nos divertimos muito, filosofamos a respeito da vida, do passado, do presente e do futuro. O cenário de Praga é mais do que ideal para papear no bar, na praça ou na ponte... a cidade é acolhedora, simpática, autêntica. O rio Danúbio, com toda sua audácia, corta a cidade em duas partes. Da famosa ponte Charles, é possível ter uma visão de ambos os lados de Praga, difícil dizer qual é mais bonito. A música dá o pano de fundo perfeito para tornar a cidade mais especial. Por onde se passa é possível escutar gente cantando, gente tocando, convites para orquestras. Numa das noites, fomos em um concerto de cordas que foi de tirar o fôlego. Será que Praga valeu a pena? Ahhhh se valeu!
Para fechar com chave de ouro, voltamos para a Alemanha e fomos conhecer Baden Baden, a cidade luxo que tem a maior porcentagem de milionários na população alemã. Hotéis chiquérrimos, ruas cheias de comércio fi-rim-fim-fim, senhorinhas impecáveis passeando com seus respectivos velhinhos ornando as roupas. Algo peculiar!
É isso pessoal... o conforto, o “paitrocínio”, as boas companhias foram boas enquanto duraram. Hora de fazer as malas e encarar uma nova fase da viagem. Hora de encarar a Ásia sozinha, ou melhor, sozinha até que se encontre companhias. As borboletas dominam meu estômago, mas estou certa de que o melhor ainda está por vir. Aliás, gosto de pensar que o melhor sempre está por vir.
Sister querida, nossa parceria foi boa demais nessas últimas semanas. A Sônia, o morto, a swine flu, o english from Irak, os sheep poods… inside jokes não faltam e as memórias de tudo o que vivemos juntas até aqui certamente estarão para sempre latentes em nossos corações. Foi bom demais desfrutar de sua alegria, de sua naturalidade e espontaneidade. Hora difícil de dizer adeus e desejar boa sorte em sua trajetória na Europa. Vou de coração apertado, certa de que a parceira fará muita falta.
Obrigada Maria, obrigada Heini por todo o acolhimento caloroso de vocês na Alemanha. Jamais vou esquecer os bons tempos que passamos em Rastatt, principalmente das conversas gostosas até tarde da noite na mesa da sala. Foi incrível!
AGORA COM LICENÇA, LÁ VOU EU PRA CHINA BY MYSELF!