quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Itália, aqui a gente se sente em casa!
















Demorou mas chegou... hora de falar de Itália e de italianos, de gente animada, gente bonita, de bagunça no trânsito, de um país lindo que tem muita coisa boa para mostrar! Aqui, brasileiro se sente literalmente em casa. Não importa se você fala inglês, italiano ou português, é possível se comunicar com qualquer pessoa sem problemas, nem caras feias.


Eu já tinha passado pela Itália há alguns dias atrás durante minha estadia na casa da Camila em Milão, mas retornei ao país com minha família para fazer um desbravamento mais profundo da Itália.... ficamos aqui uma semana. Começamos a nossa rota por Roma, de lá partimos de avião para Veneza, de Veneza pegamos um trem até Florença e em Florença alugamos um carro e fomos descendo pela linda região da Toscana passando por Siena, Civita di Banoregio, Orvietto até chegar em Roma novamente. Um roteiro lindo que recomendo a todos que forem à Itália.


Vamos por partes...


Roma foi inteiramente desbravada a pé! Conhecemos toda a cidade velha, o Coliseu, o Panteon, a Piazza Navona, Fontana di Trevi e o Vaticano, tudo com Oscar... “os carcanhar” (hehe), haja disposição para tanta andança!


Depois de passar pelo Egito e ouvir a versão deles sobre a história, chegou a hora de ouvir a versão dos romanos. A verdade é que cada povo puxa a sardinha para o seu lado, destacando fatos mais convenientes e omitindo outros que não sejam lá tão interessantes para a integridade histórica do país. O que me parece é que os romanos realmente foram um povo briguento e bastante forte já que sabiam fazer grandes alianças! Fiquei bem impressionada com a grandiosidade e estrutura do Coliseu, o estádio mais antigo do mundo. Não há dúvida de que os estádios atuais tiveram sua arquitetura inspirada no Coliseu. Há quem diga que não foi só a arquitetura dos estádios que se manteve parecida... desde aqueles tempos os melhores gladiadores, comparados aos jogadores de futebol atuais, eram celebridades nacionais. Ironicamente, também naquele tempo as raras possibilidades de uma pessoa pobre se tornar rica era entrando para a vida de gladiador.


O estado do Vaticano foi um espetáculo e uma decepção ao mesmo tempo. Fiquei deslumbrada com a praça e Basílica de São Pedro, a grandiosidade e imponência desta basílica que está entre as 5 maiores do mundo. A parte da decepção ficou por conta da Capela Sistina... primeiro de tudo que a Capela Sistina está dentro de um museu. Na verdade é muita generosidade dizer que aquilo é um museu, mais parece um corredor em forma de labirinto. Zilhões de pessoas andando juntas, é impossível parar já que não existem pessoas, mas sim uma única massa humana que se move de uma só vez. Parar para ver as obras que estão expostas nas paredes do museu é piada. Depois de uma hora andando como uma sardinha enlatada a gente chega na sala Sistina, isso, sala porque pra mim aquilo não é Capela de jeito nenhum. Entrei imaginando que veria aquela obra de Michelangelo – A criação de Adão – (a obra dos dedos que se tocam) enorme no teto... nada disso. Para achar esta obra é preciso prestar bastante atenção para encontrá-la. Esta foto que vocês estão vendo eu tive que usar o maior zoom da minha máquina para chegar neste close. A Sistina realmente decepcionou.


Bom, a parte melhor a gente deixa para o final: Veneza foi a minha paixão na Itália, sem dúvida umas das cidades mais especiais que passei na Europa. Não há nada igual e nem parecido. Veneza é única, é um encanto só. Basta chegar à cidade para entender porque Veneza é tão famosa. Aqui não há carros para poluir a paisagem, apenas barcos que trafegam para lá e para cá nos canais que se infiltram por toda a cidade. Barcos cargueiros, se misturam com taxis fluviais, canoas e charmosas gôndolas que levam os casais apaixonados ao som de cantigas italianas. Nas ruazinhas, muitos comércios, principalmente de máscaras venezianas e cristal de Murano. Até o comércio contribui a cidade ter toda essa aura mágica. Imperdível em Veneza é conhecer a praça e basílica de San Marco. É possível ficar horas sentada no chão admirando a paisagem e não se cansar. A beleza de tudo é tão grande que amortece qualquer dor muscular.


A região da Toscana foi outro grande fascínio na Itália, ainda mais depois de ter visto e me apaixonado pelo filme Sob o Sol de Toscana. Passear de carro por aquelas estradas, margeadas por plantações de girassol e rolos de feno é um deleite, as horas do dia passam rápido como num sonho bom. Pousamos em Siena e Orvieto, duas cidades medievais lindinhas e inusitadas. Fomos presenteados com dois dias lindos de céu azul e finais de tardes maravilhosos. O pôr do sol em Toscana é tão lindo que compete com o pôr do sol africano.


O roteiro pela Itália foi tão bom que acabou passando rápido demais. Em cada cidade que parávamos chegávamos à conclusão de que deveríamos ficar pelo menos mais uma noite, para ir um pouco mais além do que a visita trivial. Não restam dúvidas, ao ir à Itália reserve mais do que uma semana para conhecer todos os encantos que ela tem a oferecer.


Partimos para a Grécia já com saudades da Mama Itália.

sábado, 15 de agosto de 2009

França, começando com o pé esquerdo, terminando com o pé direito

Final de tarde em Paris


Ela, a toda poderosa, torre Eiffel


O Louvre


Café Parisiense



Crème Brulee


Igreja de Notre Dame



Rio Siena




Bairro Monmartre e seus artistas


Charme de Paris


Vista do Arco do Triunfo


Noite em Cheverny


Castelo de Chambord



Ao contrário da Espanha, a viagem pela França começou meio “perrengosa”...
A começar pelo fato de que nossas malas não chegaram a Paris junto conosco. Não tem coisa mais frustrante do que ficar esperando a sua mala na esteira do aeroporto enquanto ela não chega. As pessoas ao redor vão encontrando as suas bagagens, a sala de desembarque vai esvaziando, na esteira só restam umas malas “gatas pingadas” e a sua não está entre elas. Só depois de uma hora dando plantão ao lado da esteira e rezando para que venha mais uma leva de malas é que vc realmente chega à conclusão de que a sua não vai chegar, justamente no dia em que vc não deixou nenhuma roupa reserva na bagagem de mão.

A maré de azar ainda persistiu. Acho que tava na hora de expor um causo negativo no meu blog! Sem mala e nem cuia, chegamos ao nosso hotel, Ferteile Etóile, anote este nome. Anote porque é justamente este que vc NÃO deve se hospedar quando for a Paris. Um hotel xexelento, com o pior atendimento do mundo. Apesar de que mau atendimento em Paris não é exclusividade de ninguém... o mal atendimento reina nesta terra. Nunca vi povo para ser grosso, impaciente e sem tato com turistas.

A percepção melhorou um pouco quando começamos a pedir informações turísticas para a população local... esses são um pouco mais simpáticos, principalmente quando vc tem ao seu lado uma irmã que fala francês. Isso é uma informação importante a se levar em consideração antes de ir pra França: quando o turista fala francês, o atendimento muda da lama pra água.

Ok... acho que eu to pegando meio pesado com os franceses, mas realmente os primeiros dias em Paris foram meio torturantes. Mas eu não posso deixar de dizer que a cidade tem um charme único (se descontarmos os parisienses). A torre Eiffel é linda e imponente, a sua grandeza mostra porque se tornou um monumento definitivo na cidade apesar de ter sido criada para ser temporária, apenas para sediar a Exposição Universal da Feira Mundial de 1889.

A construção do Louvre, que mescla o antigo com o novo, a fortaleza com a pirâmide, tem uma aura majestosa! Assistimos um final de tarde lá que foi incrível, rendeu boas fotos a aspirante a fotógrafa que vos fala. A Champs Elysees, a igreja de Notre Dame, o Arco do Triunfo, as brasseries charmosas, o Crème Brulee que a gente come rezando de tão bom que é... É claro que Paris tem os seus mil encantos.

Mas sem dúvida, o que mais gostei em Paris foi o bairro de Monmartre onde se encontra a Sacré-Coeur, minha igreja preferida na França. Monmartre é o bairro dos artistas, está cheio de pintores e caricaturistas que tentam ganhar a atenção dos milhares de turistas que passam pra lá e pra cá. Uns querendo vender telas de Paris, outros querendo vender a sua caricatura que anuncia todos os seus defeitos de forma exacerbada e cômica. Trata-se de um tumulto gostoso de ser presenciado, além de ter uma vista maravilhosa de Paris, imperdível!

De Paris, partimos para o Vale do Loire, uma região linda onde estão diversos castelos. Lá podemos dizer que a viagem pela França mudou de humor... gente mais acolhedora, paisagem de tirar o fôlego, vilarejos com uma energia tranqüila que deixam qualquer um zen. Passamos por Tours, Blois e Cheverny, uma cidadezinha mais linda do que a outra. Os castelos e jardins só tornam a vista ainda mais linda e bucólica. Podemos dizer que vivemos tempos de paz no Vale do Loire. Ah.. vale a pena contar que Da Vinci morou uma boa parte de sua vida e morreu nesta região, a cidade é cheia de ruas e comércios batizados com o seu nome.

O bom da história toda da França é que ela teve um final feliz. Começamos com o pé esquerdo mas terminamos a visita ao país com o pé direito. No final das contas, a França ainda vale muito a pena!
Próximo destino: Itália!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Eu e minha fotografia particular




Esses dias estava dando uma olhada em tudo o que já tinha postado aqui no meu blog e percebi como minhas fotos quase não mostram pessoas, mas muito mais paisagens ou situações específicas de uma ou outra pessoa... em geral as fotos estão em close ou procuram o céu para escapar das multidões.

O “epifânico” professor Ferrari poderia dar uma ótima explicação Freudiana sobre o assunto, mas na falta do psicanalista, comecei a fazer uma auto-análise...

Por mais que a maioria dos lugares que eu passe tenha muita gente, muitos turistas, na verdade, eu estou vivendo uma fase muito particular de minha vida, num mundo individual e com lentes talvez um pouco egoístas. Eu coloco na foto somente aquilo que eu quero enxergar da situação, excluindo qualquer pessoa ou objeto que interfiram na magia daquilo que eu quero ver e retratar pra sempre na minha memória única, pessoal e intransferível.

Acho que é isso.

Professor Ferrari, é isso?

sábado, 8 de agosto de 2009

España, ¡me encantó!

Madri - Chegada da família amada


Madri - Calle Madrileña

Madri - Tapas deliciosas


Madri - Palácio Real



Madri - Jamón Iberico


Madri - Guernica de Picasso


Toledo - cidade medieval


Toledo - Callezita charmosa

Barcelona - O Deus Gaudí


Barcelona - Parque Guell de Gaudí


Barcelona - Casa Bartló de Gaudí


Barcelona


Barcelona - Almoço do 4 Gats

Barcelona - Povo tapeando


Pessoal, a Espanha é o que há!

Não sei se criei poucas expectativas com o país, mas a Espanha marcou profundamente a minha viagem. O encanto já começou pela chegada... foi lá que me encontrei com meus pais e minha irmã com quem terei o prazer de viajar nas próximas semanas. Encontro mais do que especial!

O primeiro destino da Espanha foi Madri, cidade que ficou marcada pela sua limpeza, mesmo com 3 milhões de pessoas habitando-a, pela imponência de sua arquitetura e também pelo delicioso costume que a população tem de tapear - aperitivar e bebericar de bar em bar, de mesa em mesa até altas horas da noite. O povo madrilenho é uma delícia, estão sempre nas ruas, em grupos, festejando, hablando o castelhano que eu aprendi a adorar depois que comecei a fazer aulas de espanhol. Em Madri, passeamos pela famosa Plaza Mayor, pelo Palácio Real, pelo centro histórico da cidade e também pelos museus. Estes merecem um comentário a parte tamanha a sua grandiosidade! Primeiro fomos ao Reina Sofia, que possui obras de artistas mais modernos como a famosa obra Guernica, de Picasso, artista que está entre os mais importantes do século XX. Depois do Reina, fomos no museu do Prado, o maior da cidade que é dominado por pintores renascentistas como Caravaggio, Ticiano, Goya e Velazquez. Pra mim, são as obras mais hipnotizantes! Eu sei que as obras modernas têm grande valor artístico, mas para mim, a perfeição das obras realistas me deixam impressionada com o nível de detalhes e perfeição! Acho que o fato de ser uma fã de fotografia acaba influenciando muito no gosto pela pintura realista.

Separamos um dia no roteiro da Espanha para ir até Toledo, dia esse que foi muito bem aproveitado. Toledo é marcada por ser uma cidade histórica, a começar pelo fato de ser uma cidade medieval, cheia de castelos, muros e mosteiros. Atualmente, Toledo é a capital da província de Castilla de la Mancha mas chegou a ser capital da Espanha no período gótico até o ano de 1560. A cidade permanece cheia de ruelas e muralhas que nos fazem sentir ainda no período gótico. É conhecida por ser la Ciudad de las tres culturas, por ter forte influência das três principais religiões: cristã, judaica e muçulmana. Não é a toa que Toledo também é um patrimônio da UNESCO (já estou começando a colecioná-los!).

O último destino da Espanha foi Barcelona, a cidade que ganhou o meu coração! Capital da Catalunya, Barcelona é dona de uma personalidade múltipla, por isso é capaz de encantar a todos, não importa a idade. Barcelona é a cidade do agito, ao mesmo tempo em que é a cidade das senhorinhas elegantes, cidade das avenidas e das ruelas, cidade moderna e gótica, a cidade encantada das obras Gaudí.

Gaudí, rei da Art Noveau e praticamente um Deus da arquitetura, é autor de obras famosas como a Igreja da Sagrada Família, o parque Guell e a casa Bartló. A principal inspiração para as obras de Gaudí era a natureza, fato que já me faz ser duplamente fã do cara. Todas as suas obras têm um Q de fantasia, de floresta encantada e de uma beleza indescritível. Barcelona valeria a pena mesmo se só tivesse Gaudí como atração. Mas ela é muito mais do que isso... Barcelona é uma cidade capaz de encantar qualquer mortal.

Espanha fica pra trás com um aperto no peito e a certeza de que um dia ainda volto para esse país encantado!

Recomendações gastronômicas na Espanha:

Em Madrid...
Mercado San Miguel, o melhor para tapear e ver gente bonita!

Em Toledo...
Restaurante Alfiteiros 24, preço justo, comida muito boa, ambiente de tirar o chapéu!

Em Barcelona...
Recomendo tudo! Todo mundo deveria passar por aqui uma vez na vida. Mas o restaurante 4 Gats é realmente imperdível, não só pela culinária mas também por todo o seu contexto cultural. O 4 Gats era o restaurante preferido de Picasso!

sábado, 1 de agosto de 2009

Saint Tropez, caindo em suas graças!






Começo explicando o porquê do título deste post: de início eu não queria ir pra Saint Tropez de jeito nenhum. Foi a Cami que deu a idéia de irmos para lá, o plano inicial era irmos pra Croácia, mas os vôos estavam muito caros, impraticáveis! Eu achava que Saint Tropez ia acabar sendo uma viagem muito cara apenas para curtir baladas e ver gente chique, mas resolvi aceitar a sugestão para fazermos um programa diferente de Milão.

Paguei com a língua porque a viagem acabou sendo fantástica, mesmo passando por uns perrengues que conto em seguida.

Bom, quem me conhece sabe que o meu negócio é muito mais curtir o dia do que a noite. Em Saint Tropez fui obrigada a mudar de paradigmas! As baladas são coisas de outro mundo, chiquérrimas, com bailarinas dançando em palcos por todos os cantos da balada, DJ malucos, muita gente bonita, gente animada. De repente são 6h da manhã e a noite foi fantástica, assim é fácil gostar de balada! Em Saint Tropez, saímos todas as noites sagradamente chegando no hotel sempre de manhã.

Por falar em hotel, esse é o capítulo do perrengue da viagem. Pra quem não sabe, Saint Tropez é um dos destinos mais chiques e caros do verão europeu. Nós decidimos ir pra lá de última hora, foi uma amiga da Cami que arranjou o único hotel que ainda tinha vagas a um preço acessível em Saint Tropez. Maaaaas... chegando lá, o que teoricamente era um hotel de preço acessível, na prática era um muquifo horrível, que não tinha recepção, mal abria a porta do quarto, de luz verde no teto, com a luz quebrada no banheiro. Visão do inferno na terra.

Mesmo nos hospedando no hotel inferninho, a experiência em Saint Tropez foi tão boa que valeu o perrengue. Além das baladas, as praias são maravilhosas! O que as diferencia das demais são os clubes super cools que a gente passa o dia, tomando sol, vendo gente bonita e tomando drinks. Nikki bar is the place!

Confesso que Saint Tropez não foi uma viagem muito cultural, mas foi divertido a bessa, valeu cada segundo. Muito da diversão de Saint Tropez eu também devo a minha amiga Camila Rocha Loures, que é a pessoa mais animada e engraçada da face da terra. Ao lado de Cami, tudo fica muitooo mais animado, ela por si só já é uma viagem!!

Pra finalizar com chave de ouro, a viagem de trem de volta para Milão foi maravilhosa. Passamos por toda a Cote d’Azur francesa, nos deliciamos com o mar azul turquesa de Nice, Cannes e Mônaco. Estava super cansada, precisando dormir, mas a paisagem era tão linda que os olhos não se deram ao luxo de relaxar!

Saint Tropez, eu confesso, caí em suas graças!

Próximo destino: Espanha, onde vou encontrar com a família, que delícia!

Obs.: Desculpem a demora dos posts, o acesso à internet deu uma complicada nos últimos dias... prometo tentar me agilizar nos próximos!